Pichiciego maior 

(Calyptophractus retusus)

oUtros nomes comuns

TaxonomIa

Ordem: Cingulata
Família: Chlamyphoridae
Subfamília: Chlamyphorinae

Descrição

Este pequeno tatu tem um comprimento de cabeça-corpo de 12 a 17 cm, uma cauda de 3 a 4 cm de comprimento e pesa entre 90 e 130 gramas. É similar a uma toupeira, com corpo fusiforme, garras muito grandes para escavar, e uma placa vertical arredondada cobre sua parte traseira. Diferente de Chlamyphorus truncatus, nesta espécie a carapaça rosada está completamente unida à pele do dorso e da cabeça. Outras diferenças em relação a C. truncatus são a ponta arredondada da cauda e as orelhas visíveis.

Distribuição

O pichiciego maior é encontrado na região do Gran Chaco, no centro e sudeste da Bolívia, oeste do Paraguai e norte da Argentina.

Habitat e Ecologia

Esta espécie é endêmica à região chaquenha, onde está restrita a áreas com solo mole e arenoso. Como consequência, a população se distribui em fragmentos. Calyptophractus retusus é subterrâneo, possivelmente noturno e solitário.

dieta

Esta espécie parece ser insetívora, comendo invertebrados subterrâneos e suas larvas.

Reprodução

Nada se sabe sobre a reprodução do pichiciego maior; presumivelmente dá à luz a apenas um filhote.

fatos curiosos

Este pequeno tatu é altamente fossorial, e portanto raramente é observado em superfície.

Ameaças

Calyptophractus retusus está ameaçado pela perda de habitat na região do Chaco. Incêndios florestais graves, muitos deles intencionais, afetaram o Chaco da Bolívia e do Paraguai nos últimos anos, mas seu impacto sobre a espécie não é conhecido. O aumento da construção de estradas, acompanhado pelo crescimento da população humana nessa região, fragmentará ainda mais o habitat. Presume-se que a espécie seja vulnerável à predação por cães. Ela é perseguida por causa de crenças tradicionais que consideram o animal um presságio de desastre.

Tendência populacional

Desconhecida.

Estado de conservação

Calyptophractus retusus está categorizado como Dados Insuficientes (DD) porque praticamente nada se sabe sobre esta espécie. Somente se conhece que se distribui de maneira fragmentada em microambientes adequados, que estão sujeito à perda de hábitat contínua.