OS XENARTROS

Há sete espécies de preguiças, dez espécies de tamanduás e 22 espécies de tatus.

O número total de espécies existentes de xenartros pode ser surpreendente para alguns leitores, pois era menor até alguns anos atrás. O advento de novas técnicas morfométricas e, em particular, moleculares, abalaram a estabilidade da taxonomia dos Xenarthra, resultando em mudanças importantes – um processo que apenas começou e certamente levará a mudanças taxonómicas adicionais no futuro próximo. Novas espécies foram descritas, enquanto outras revelaram ser simplesmente variações da mesma espécie, levando à combinação de duas espécies em uma única, um processo conhecido como sinonímia.

Os registros paleontológicos sugerem que estes organismos originaram-se na América do Sul e posteriormente difundiram-se pela região Neotropical.

As espécies, tanto as extintas quanto as atuais, são encontradas em diferentes regiões das Américas. A maioria delas habita a América do Sul. Poucas podem ser encontradas na América Central e somente uma espécie, o tatu-galinha (Dasypus novemcinctus), ocorre no sul dos Estados Unidos.

As 39 espécies viventes de xenartros representam uma pequena fração da imensa diversidade do grupo que só é conhecida por registros fósseis, os quais incluem pré-históricos famosos como a preguiça gigante e o gliptodonte.

Evidências moleculares indicam que tatus, tamanduás e preguiças representam um dos quatro principais clados de mamíferos placentários, denominado Xenarthra.

OS XENARTROS

Há sete espécies de preguiças, dez espécies de tamanduás e 22 espécies de tatus.

O número total de espécies existentes de xenartros pode ser surpreendente para alguns leitores, pois era menor até alguns anos atrás. O advento de novas técnicas morfométricas e, em particular, moleculares, abalaram a estabilidade da taxonomia dos Xenarthra, resultando em mudanças importantes – um processo que apenas começou e certamente levará a mudanças taxonómicas adicionais no futuro próximo.

Novas espécies foram descritas, enquanto outras revelaram ser simplesmente variações da mesma espécie, levando à combinação de duas espécies em uma única, um processo conhecido como sinonímia.

Os registros paleontológicos sugerem que estes organismos originaram-se na América do Sul e posteriormente difundiram-se pela região Neotropical.

As espécies, tanto as extintas quanto as atuais, são encontradas em diferentes regiões das Américas. A maioria delas habita a América do Sul. Poucas podem ser encontradas na América Central e somente uma espécie, o tatu-galinha (Dasypus novemcinctus), ocorre no sul dos Estados Unidos.

As 39 espécies viventes de xenartros representam uma pequena fração da imensa diversidade do grupo que só é conhecida por registros fósseis, os quais incluem pré-históricos famosos como a preguiça gigante e o gliptodonte.

Evidências moleculares indicam que tatus, tamanduás e preguiças representam um dos quatro principais clados de mamíferos placentários, denominado Xenarthra.

existem dois grupos dos xenartros:  

(1) A Ordem Cingulata inclui todas as espécies atuais de tatus (famílias Dasypodidae e  Chlamyphoridae). Eles podem ser facilmente identificados pela estrutura óssea em forma de armadura  (carapaça) que cobre suas cabeças, corpo e cauda (exceto em tatus do gênero Cabassous, que têm uma cauda nua). Apesar de que todos os tatus se alimentam de insetos, algumas espécies também consomem outros itens como plantas, pequenos vertebrados e até carniça.

(2) A ordem Pilosa compreende dois grupos:

2.1 Vermilingua, ou tamanduás (famílias Myrmecophagidae e Cyclopedidae): sua principal
característica é o focinho alongado e a língua comprida e pegajosa (coberta de saliva) que os ajuda a capturar formigas e cupins. Os tamanduás não possuem dentes.
2.2 Folivora (= Tardigrada ou Phyllophaga), ou preguiças (famílias Bradypodidae e Megalonychidae): as espécies modernas de preguiças vivem quase que exclusivamente nas árvores enquanto as formas pré-históricas e de grande porte eram terrestres. As preguiças são famosas por seus movimentos lentos e por sua habilidade peculiar de esconderem-se na copa das árvores. Todas as preguiças alimentam-se de plantas.

Embora à primeira vista os tatus, preguiças e tamanduás possam parecer bastante diferentes, eles têm várias semelhanças que levaram à sua inclusão na mesma superordem, os Xenarthra. Por exemplo, todos eles têm articulações atípicas entre as vértebras, das quais o nome Xenarthra foi derivado (em grego, xenos = estranho e arthros = articulação). Essas articulações adicionais só podem ser encontradas em tatus, preguiças e tamanduás. Todos os Xenarthra também têm uma dentição reduzida, que é levada ao extremo em tamanduás, que não têm dentes. Preguiças e tatus têm um número variável de dentes simples e sempre crescentes, sem esmalte. Consequentemente, é incorreto chamar os tamanduás, preguiças e tatus de Edentata (= sem dentes), como algumas pessoas ainda o fazem, pois apenas os tamanduás são realmente desprovidos de dentes. Ironicamente, o boletim de notícias e periódico científico do nosso Grupo de Especialistas se chama Edentata, porque esse é o nome que era comumente usado para esse grupo até algumas décadas atrás. 

Algumas outras características incomuns compartilhadas entre os Xenarthra são uma baixa taxa metabólica (o que significa que eles usam menos energia que outros mamíferos do mesmo tamanho) e uma temperatura corporal baixa e variável.

Pangolins e porcos da terra eram antigamente agrupados junto aos tamanduás, preguiças e tatus compondo os Edentata (que significa sem dentes). Contudo, estudos moleculares indicaram que xenartros, pangolins e porcos da terra não são aparentados e evoluíram de forma independente. Suas semelhanças anatômicas, ao contrário do que se acreditava, são um exemplo excepcional de convergência evolutiva e refletem uma característica em comum, sua dieta especializada em insetos sociais. Os pangolins foram então classificados numa ordem distinta denominada Pholidota, enquanto os porcos da terra constituem atualmente a Ordem Tubulidentata.

Convidamos a todos a explorar o fascinante mundo dos tamanduás, preguiças e tatus. Nas descrições de espécies, você encontrará informações sobre sua biologia, distribuição
geográfica e as ameaças sofridas por estes animais tão carismáticos.

existem dois grupos dos Xenartros:

(1) A Ordem Cingulata inclui todas as espécies atuais de tatus (famílias Dasypodidae e  Chlamyphoridae). Eles podem ser facilmente identificados pela estrutura óssea em forma de armadura  (carapaça) que cobre suas cabeças, corpo e cauda (exceto em tatus do gênero Cabassous, que têm uma cauda nua). Apesar de que todos os tatus se alimentam de insetos, algumas espécies também consomem outros itens como plantas, pequenos vertebrados e até carniça.

(2) A ordem Pilosa compreende dois grupos:

2.1 Vermilingua, ou tamanduás (famílias Myrmecophagidae e Cyclopedidae): sua principal característica é o focinho alongado e a língua comprida e pegajosa (coberta de saliva) que os ajuda a capturar formigas e cupins. Os tamanduás não possuem dentes.

2.2 Folivora (= Tardigrada ou Phyllophaga), ou preguiças (famílias Bradypodidae e Megalonychidae): as espécies modernas de preguiças vivem quase que exclusivamente nas árvores enquanto as formas pré-históricas e de grande porte eram terrestres. As preguiças são famosas por seus movimentos lentos e por sua habilidade peculiar de esconderem-se na copa das árvores. Todas as preguiças alimentam-se de plantas.

Embora à primeira vista os tatus, preguiças e tamanduás possam parecer bastante diferentes, eles têm várias semelhanças que levaram à sua inclusão na mesma superordem, os Xenarthra. Por exemplo, todos eles têm articulações atípicas entre as vértebras, das quais o nome Xenarthra foi derivado (em grego, xenos = estranho e arthros = articulação). Essas articulações adicionais só podem ser encontradas em tatus, preguiças e tamanduás. Todos os Xenarthra também têm uma dentição reduzida, que é levada ao extremo em tamanduás, que não têm dentes. Preguiças e tatus têm um número variável de dentes simples e sempre crescentes, sem esmalte. Consequentemente, é incorreto chamar os tamanduás, preguiças e tatus de Edentata (= sem dentes), como algumas pessoas ainda o fazem, pois apenas os tamanduás são realmente desprovidos de dentes. Ironicamente, o boletim de notícias e periódico científico do nosso Grupo de Especialistas se chama Edentata, porque esse é o nome que era comumente usado para esse grupo até algumas décadas atrás. 

Algumas outras características incomuns compartilhadas entre os Xenarthra são uma baixa taxa metabólica (o que significa que eles usam menos energia que outros mamíferos do mesmo tamanho) e uma temperatura corporal baixa e variável.

Pangolins e porcos da terra eram antigamente agrupados junto aos tamanduás, preguiças e tatus compondo os Edentata (que significa sem dentes). Contudo, estudos moleculares indicaram que xenartros, pangolins e porcos da terra não são aparentados e evoluíram de forma independente. Suas semelhanças anatômicas, ao contrário do que se acreditava, são um exemplo excepcional de convergência evolutiva e refletem uma característica em comum, sua dieta especializada em insetos sociais. Os pangolins foram então classificados numa ordem distinta denominada Pholidota, enquanto os porcos da terra constituem atualmente a Ordem Tubulidentata.

Convidamos a todos a explorar o fascinante mundo dos tamanduás, preguiças e tatus. Nas descrições de espécies, você encontrará informações sobre sua biologia, distribuição geográfica e as ameaças sofridas por estes animais tão carismáticos.