Tamanduaí da Bolívia

(Cyclopes catellus)

Outros nomes comuns

Tamanduaí de Amboró

Taxonomia

Ordem: Pilosa
Família: Cyclopedidae

Descrição

Até recentemente, acreditava-se que houvesse apenas uma espécie de tamanduaí, porém uma investigação de 10 anos realizada por Miranda et al. (2018) apontou provas de que há sete espécies de Cyclopes.

Não há dados específicos disponíveis sobre o tamanho do Cyclopes catellus, mas supondo-se que tenha tamanho similar aos outros tamanduaís, teria cerca de 20 cm de comprimento de cabeça e corpo, uma cauda de comprimento similar e pesaria cerca de 300 gramas. A cor geral de sua pelagem é marrom amarelado e a cauda e as extremidades são mais amareladas. Não possui faixa escura dorsal, mas possui uma faixa ventral extensa e fortemente desenvolvida. A espécie possui uma pelagem mais densa que as demais espécies.

Distribuição

O tamanduaí da Bolívia está distribuído mais ao sul de todas as espécies de Cyclopes. Sabe-se apenas sobre a região central da Bolívia, porém devido à falta de estudos de campo, sua distribuição exata é desconhecida. Registros fotográficos não confirmados sugerem que o tamanduaí vermelho (C. rufus) e o tamanduaí de Thomas (C. thomasi) podem estar presentes no norte da Bolívia. Nesse caso, a área de distribuição de C. catellus pode ser menor do que se pensa atualmente.

Habitat e Ecologia

O tamanduaí da Bolívia habita as encostas das florestas andinas, florestas baixas e yungas. Foi observado se movendo e se alimentando em emaranhados de cipós. É solitário, arbóreo e noturno.

dieta

Não há informação disponível sobre a dieta desta espécie, mas supõe-se que é um insetívoro oportunista que se alimenta principalmente de formigas.

Reprodução

A duração da gestação para o gênero, é de 120 a 150 dias.

Ameaças

A espécie é provavelmente afetada pela perda de habitat. Na Bolívia, entre 2018 e 2022, incêndios florestais frequentes – considerados uma grande ameaça à fauna silvestre – têm transformado florestas e pastagens em áreas de agroindústria de soja. Alguns povos indígenas consideram o tamanduaí uma espécie mágica que traz má sorte para aqueles que o encontram na floresta, levando à perseguição e à caça.

Tendência populacional

Declinando.

Estado de conservação

O risco de extinção desta espécie não foi avaliado desde a nova classificação taxonômica. Portanto, deve ser considerado Não Avaliado (NA).