Tamanduaí vermelho
(Cyclopes rufus)
Outros nomes comuns
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Taxonomia
Ordem: Pilosa
Família: Cyclopedidae

Descrição
Até recentemente, acreditava-se que houvesse apenas uma espécie de tamanduaí, porém uma investigação de 10 anos realizada por Miranda et al. (2018) apontou provas de que há sete espécies de Cyclopes.
Não há dados específicos disponíveis sobre o tamanho do Cyclopes rufus, mas supondo-se que tenha tamanho similar aos outros tamanduaís, teria cerca de 20 cm de comprimento de cabeça e corpo, uma cauda de comprimento similar e pesaria cerca de 300 gramas. A cor de sua pelagem é única; o dorso tem um tom avermelhado distinto, enquanto a cauda e as extremidades são vermelhas amareladas. Não possui faixa ventral ou dorsal.

Distribuição
Esta espécie é endêmica do leste do Brasil. Encontra-se na bacia ocidental do Amazonas, entre o Rio Madeira e o Rio Aripuanã. Seu limite norte pode ser o Rio Amazonas, mas seu limite sul de distribuição é desconhecido.

Habitat e Ecologia
O tamanduaí vermelho habita a floresta amazônica. Tem hábitos arbóreos.

dieta
Sua dieta é composta quase exclusivamente por formigas.

Reprodução
Não há informação disponível sobre a reprodução do tamanduaí vermelho.

Ameaças
As ameaças a esta espécie são desconhecidas. Provavelmente é afetada pela perda de hábitat, pela pecuária e hidroelétricas. Sem dúvida é a área de maior ocupação humana e desmatamento na Amazônia.
Considerando apenas o Brasil, onde a espécie tem registros confirmados, ela perdeu quase 26% de seu habitat entre 2000 e 2022. Ao incluir a Bolívia e o Peru, onde a espécie poderia ocorrer, a perda de habitat é de 21% no mesmo período. Por ser uma espécie estritamente arbórea, essa perda de habitat é ainda mais preocupante para sua sobrevivência

Tendência populacional

Estado de conservação
A descrição da espécie Cyclopes rufus é baseada em sete registros, todos eles no estado de Rondônia, Brasil, uma área com altas taxas de desmatamento. Registros fotográficos não confirmados sugerem que a espécie também pode estar presente no norte da Bolívia, e é possível que também ocorra no sudeste do Peru. O desmatamento devido à expansão da pecuária e da agricultura em larga escala é a principal ameaça à espécie. Além disso, a mineração e as represas hidrelétricas também representam impactos. No entanto, as informações atualmente disponíveis sugerem que é improvável que a perda de habitat seja equivalente a uma redução no tamanho da população que justifique sua inclusão em uma categoria de ameaça. Portanto, o Cyclopes rufus está listado como Menos Preocupante (LC), com uma forte recomendação de pesquisa e monitoramento urgentes da situação.