Tatu-quinze-quilos

(Dasypus beniensis)

oUtros nomes comuns

Tatu-de-quinze-quilos
Tatu-tinga
Tatu-açú

TaxonomIa

Ordem: Cingulata
Família: Dasypodidae
Subfamília: Dasypodinae 

Descrição

Até pouco tempo, Dasypus kappleri era considerada uma única espécie. Recentes análises morfológicas, morfométricas e moleculares sugerem que “D. kappleri” na verdade representa um complexo de espécies contendo D. kappleri, D. pastasae e D. beniensis.

Somente superado em tamanho pelo tatu-canastra (Priodontes maximus), D. beniensis tem comprimento cabeça-corpo de 5158 cm e comprimento caudal de 3348 cm, enquanto sua carapaça tem 78 bandas móveis. Seu peso provavelmente seja de cerca de 8,510,5 kg, mas foi descrita como a maior das três espécies do complexo “D. kappleri”. Além de seu tamanho, pode-se distinguir de outros tatus do gênero Dasypus pelas escamas grandes e projetadas presentes nos joelhos, uma ampla base da cauda, e uma cor de pele mais clara na parte da cabeça que não está coberta pelo escudo cefálico.

Similar externamente a D. pastasae, a espécie possui escamas ásperas no escudo pélvico e escamas achatadas nos anéis caudais proximais. Além disso, apresenta características cranianas que podem ser observadas em espécies de coleção, mas não em exemplares vivos.

Distribuição

Dasypus beniensis pode ser encontrado na margem direita do baixo Rio Amazonas e Madeira no Brasil, e na margem do rio Madre de Dios na Bolívia. Seus limites meridionais provavelmente são as florestas secas e savanas do Chaco boliviano, e da Caatinga e do Cerrado brasileiros.

Habitat e Ecologia

Dasypus beniensis está restrito à floresta tropical de terras baixas. Tem hábitos noturnos e é provavelmente solitário e associal.

dieta

É provavelmente um insetívoro generalista.

Reprodução

Pouco se sabe sobre a reprodução dos tatus-quinze-quilo. Dois filhotes nascem por ninhada. Evidências anedóticas sugerem que ambos são sempre do mesmo sexo, mas permanece por estudar se estes resultam de poliembrionia, como ocorre em outras espécies do gênero Dasypus.

fatos curiosos

Seu nome científico, beniensis, refere-se ao rio Beni na Bolívia, de onde foi descrita pela primeira vez (ou seja, sua localidade tipo).

Ameaças

As ameaças a esta espécie ainda não foram avaliadas, mas provavelmente ela é afetada pelo desmatamento e pela caça. Não é capaz de sobreviver em savanas ou áreas abertas.

Tendência populacional

Desconhecida.

Estado de conservação

O risco de extinção desta espécie não foi avaliado desde a nova classificação taxonômica. Portanto, deve ser considerada Não Avaliada (NE).