Tatu-quinze-quilos
(Dasypus kappleri)
oUtros nomes comuns
Tatu-de-quinze-quilos
Tatu-tinga
Tatu-açú
TaxonomIa
Ordem: Cingulata
Família: Dasypodidae
Subfamília: Dasypodinae
Descrição
Até pouco tempo, Dasypus kappleri era considerada uma única espécie. Recentes análises morfológicas, morfométricas e moleculares sugerem que “D. kappleri” na verdade representa um complexo de espécies contendo D. kappleri, D. pastasae e D. beniensis.
Somente superado em tamanho pelo tatu canastra (Priodontes maximus), o tatu-quinze-quilos tem comprimento cabeça-corpo de 51–58 cm e um comprimento caudal de 33–48 cm, enquanto sua carapaça tem 7–8 bandas móveis. Seu peso provavelmente seja de cerca de 8,5–10,5 kg. Além de seu tamanho, pode-se distinguir de outros tatus do gênero Dasypus por escamas grandes e projetadas presentes nos joelhos, uma ampla base da cauda, e uma cor de pele mais clara na parte da cabeça que não está coberta pelo escudo cefálico.
Aparentemente, D. kappleri pode ser distinguido de D. pastasae e D. beniensis por seu padrão único de escamas lisas, achatadas e uniformes no escudo pélvico, com as escamas centrais e periféricas no mesmo nível, e por escamas com quilhas nos anéis proximais da cauda.
Distribuição
Dasypus kappleri ocorre no Escudo da Guiana, ou seja, na Guiana Francesa, Suriname, Guiana, leste da Venezuela e partes do Brasil. Neste país, é encontrado a leste do Rio Negro-Rio Branco e ao norte do baixo Rio Amazonas.
Habitat e Ecologia
Dasypus kappleri está restrito à floresta tropical de terras baixas. Tem hábitos noturnos e é provavelmente solitário e associal.
dieta
É provavelmente um insetívoro generalista.
Reprodução
Pouco se sabe sobre a reprodução dos tatus-quinze-quilo. Dois filhotes nascem por ninhada. Evidências anedóticas sugerem que ambos são sempre do mesmo sexo, mas permanece por estudar se estes resultam de poliembrionia, como ocorre em outras espécies do gênero Dasypus.
fatos curiosos
Alguns pesquisadores consideram que Dasypus kappleri, D. pastasae e D. beniensis são suficientemente distintas para justificar sua separação em um gênero próprio, Hyperoambon.
Ameaças
As ameaças a esta espécie ainda não foram avaliadas, mas provavelmente ela é afetada pelo desmatamento e pela caça. Não é capaz de sobreviver em savanas ou áreas abertas.
Tendência populacional
Desconhecida.
Estado de conservação
O risco de extinção desta espécie não foi avaliado desde a nova classificação taxonômica. Portanto, deve ser considerada Não Avaliada (NE).