Tatu-quinze-quilos

(Dasypus pastasae)

oUtros nomes comuns

Tatu-de-quinze-quilos
Tatu-tinga
Tatu-açú

TaxonomIa

Ordem: Cingulata
Família: Dasypodidae
Subfamília: Dasypodinae 

Descrição

Até pouco tempo, Dasypus kappleri era considerada uma única espécie. Recentes análises morfológicas, morfométricas e moleculares sugerem que “D. kappleri” na verdade representa um complexo de espécies contendo D. kappleri, D. pastasae e D. beniensis.

Somente superado em tamanho pelo tatu canastra (Priodontes maximus), o tatu-quinze-quilos tem comprimento cabeça-corpo de 5158 cm e um comprimento caudal de 3348 cm, enquanto sua carapaça tem 78 bandas móveis. Seu peso provavelmente seja de cerca de 8,510,5 kg, mas parece ser a menor das espécies do complexo “D. kappleri”. Além de seu tamanho, pode-se distinguir de outros tatus do gênero Dasypus por escamas grandes e projetadas presentes nos joelhos, uma ampla base da cauda, e uma cor de pele mais clara na parte da cabeça que não está coberta pelo escudo cefálico.

Em relação a D. kappleri e D. beniensis, as escamas no escudo pélvico desta espécie não são uniformes quanto ao tamanho e textura, que é áspera, com as escamas centrais maiores e em nível mais alto que as periféricas, que são menores. Também, as escamas posteriores dos anéis proximais da cauda são achatadas. 

Distribuição

Dasypus pastasae pode ser encontrado desde os contrafortes dos Andes orientais no Peru, Equador, Colômbia e Venezuela ao sul do Rio Orinoco, até o oeste da Amazônia brasileira, entre os rios Madeira e Branco.

Habitat e Ecologia

Dasypus pastasae está restrito à floresta tropical de terras baixas. Tem hábitos noturnos e é provavelmente solitário e associal.

dieta

É provavelmente um insetívoro generalista.

Reprodução

Pouco se sabe sobre a reprodução dos tatus-quinze-quilo. Dois filhotes nascem por ninhada. Evidências anedóticas sugerem que ambos são sempre do mesmo sexo, mas permanece por estudar se estes resultam de poliembrionia, como ocorre em outras espécies do gênero Dasypus.

fatos curiosos

Segundo os Matses, uma tribo indígena que vive no nordeste do Peru, estes tatus fazem um grunhido baixo e ressoante quando incomodados, e os recém-nascidos gemem dentro da toca. Pode-se encontrar conhecimento indígena adicional sobre esta espécie em um artigo de David W. Fleck e Robert S. Voss, publicado na Edentata 17 e disponível aqui.

Ameaças

As ameaças a esta espécie ainda não foram avaliadas, mas provavelmente ela é afetada pelo desmatamento e pela caça. Não é capaz de sobreviver em savanas ou áreas abertas.

Tendência populacional

Desconhecida.

Estado de conservação

O risco de extinção desta espécie não foi avaliado desde a nova classificação taxonômica. Portanto, deve ser considerada Não Avaliada (NE).